quarta-feira, 18 de abril de 2012

Futurismo orgânico


O homem do futuro chegou. A ciência e a tecnologia romperam todas as barreiras imagináveis, e a criatura que surge dessa união pouco lembra as máquinas mortíferas e os robôs perversos que a literatura proclamava: aqui, o homem futurista é orgânico. 
As estampas orgânicas e formas biológicas caracterizam essa tendência, e denotam uma preocupação em associar os avanços tecnológicos com o ambientalismo. Não é mais a natureza que se molda ao homem, mas sim ele que se transforma numa extensão biológica dela.
Prova disso, a silhueta remonta a elementos naturais, como corais e flores, no caso do peplum dress.  O futurismo revela-se nos ombros quadrados e bem estruturados, dando ao corpo uma sensação robotizada, em uma estética semelhante a de filmes como Robocop. Os volumes aqui concentram-se nos quadris, ombros e punhos, reconfigurando o corpo humano de uma maneira que só a ciência seria capaz de fazer. Babados, franjas, volumes e bordados são recorrentes, e a cartela de cores passeia entre o rosa chá, branco, off white, cinza, creme e preto. 
O futurismo orgânico revela uma nova forma de pensar a natureza, uma sensibilidade que emerge das novas preocupações ambientais. A mensagem que se passa é clara: não há futuro para a humanidade se não houver natureza, e a melhor forma de preservá-la é moldar-se a ela.

Desfiles analisados como parâmetro:

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