terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Uma tesoura na mão e uma ideia na cabeça

Um grupo de amigas decidiu passar as tardes de domingo acompanhadas de cola, tesoura e revistas. A atividade que era um hobby dividido pelas colegas, acabou ganhando uma importância cada vez maior, foi quando tiveram a necessidade de levar esse lazer para fora de suas casas. Assim que nasceu a Confraria da Colagem.







"A nossa arte-colagem proporciona ferramentas de fuga e de relação com o mundo."

O projeto passou a ganhar uma proporção cada vez maior, e hoje a Confraria além de produzir, é um dos únicos meios de divulgação de novos artistas da colagem. 
Atualmente as meninas levam a frente de um coletivo responsável por reunir pensamentos geradores de uma expressão poética ou social, pessoas que compartilham das mesmas ideias a partir de diferentes olhares. E, somando o teor artístico ao de lazer, pretendem começar a realizar oficinas gratuitas com o objetivo de expandir essa plataforma de expressão para a nossa sociedade. 




O feedback com o público foi tão grande que entre os dias 9 e 22 de Fevereiro, a Confraria da Colagem estará organizando a sua primeira exposição, Recortes de Ex-Pressões, que você confere no cartaz abaixo:


Todos os trabalhos e colaborações estão disponíveis na página da Confraria no Facebook, e são incríveis! Vale muito apena dar uma conferida,  é só clicar aqui.
E parabéns para as meninas que tiveram essa iniciativa de tentar levar uma arte tão simples e que pode trazer resultados maravilhosos para a sociedade! Esperamos que o projeto cresça cada vez mais!

"Sem grandes gastos ou esforços, do simples faz-se o novo, do real faz-se o imaginário, do fragmento faz-se o todo."


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Rosa da liberdade: um experimento

Os islandeses da banda Sigur Rós que, eu 2012 lançaram seu sexto álbum, Valtari (2012), tiveram uma ideia no mínimo inovadora para a composição de curtas, embalados pelas músicas de seu novo disco. A ideia, ora chamada de projeto, é o The Valtari Mystery Film Experiment, onde a banda convidou dezesseis diretores para produzirem os curtas com as faixas do álbum Valtari. Além disso, em setembro de 2012, a banda abriu um concurso para fãs terem a oportunidade de participar do experimento. Mais de 800 vídeos foram enviados e dois deles foram escolhidos, um pela banda e o outro pelo público.




Além de divulgar o trabalho dos islandeses, a ideia era ignorar o processo óbvio de composições cinematográficas na cena musical e permitir total liberdade ao público para interpretar o trabalho da banda. “Nunca foi nossa intenção que nossas músicas viessem com uma resposta emocional pré-fabricada. Nós não queremos falar a ninguém o que sentir e o que tirar de cada música”, dizem os integrantes do Sigur Rós. Os vídeos são compilações densas, dramáticas, cheias de mistérios e genialidade, tanto quanto a obra da banda. Além de originais, os vídeos são perturbadores e hipnóticos, sempre com uma tendência ao mistério e à surpresa.


Assista aqui aos 16 vídeos do The Valtari Mystery Film Experiment.

domingo, 20 de janeiro de 2013

RR: Rihanna for River Island

Depois de um ano bem sucedido no campo musical, Rihanna inicia 2013 deixando os palcos um pouco de lado para dedicar-se a parceria com a marca inglesa River Island. A coleção será lançada - nada mais, nada menos - que no London Fashion Week (16 de Fevereiro), e estará disponível para compras on-line a partir do dia 5 de Março. Infelizmente, pouco se sabe da coleção, mas os amantes do estilo da cantora podem começar a controlar a ansiedade, pois houve boatos que as roupas terão uma pegada "Rihanna" bem forte, além de um dedinho do amigo e designer pessoal, Adam Selman.  


No momento, essa foto é a única "pista" que temos sobre a coleção, creio eu que as  roupas terão uma estética bem guetto, algo como os street styles da cantora, que selecionamos para vocês terem uma ideia do estilo dela. 




 Com certeza podemos esperar um trabalho de qualidade e cheio de referências, afinal ter a oportunidade de lançar uma coleção sempre foi o sonho da cantora, ainda mais em um evento de extrema importância no mundo da moda. Aguardamos ansiosos!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Um m² para chamar de meu.

Nos últimos dois anos, fiz duas grandes mudanças e inúmeras viagens. Parece pouca coisa, mas foi o suficiente para que eu começasse a questionar o conceito que desenvolvemos sobre a palavra "lar". Depois de muito pensar, percebi que não se pode fugir muito ao clichê de que "lar é onde está o coração" e que, na verdade, casa tem muito mais a ver com a bagagem emocional que carregamos do que com o lugar físico onde habitamos. 
Talvez foi por causa de todas essas reflexões que o projeto do arquiteto alemão Van Bo Le-Mentzel chamou tanto a minha atenção: trata-se de uma pequena casa, com apenas 1 m², que você pode carregar para onde bem entender.





Na verdade, a One-sqm-house não se trata exatamente de um produto comercializável, mas sim de um conceito crítico criado para refletir muitos aspectos da nossa relação com o lugar onde vivemos. Para Le-Mentzel, ao buscarmos um local para viver, estamos tão preocupados com os números (quantos quartos? quantos m²? qual o custo de cada m²?) que esquecemos que a qualidade de vida em um lar vai muito além de medidas. Assim, o arquiteto decidiu que queria ter o seu próprio m²: um lugar onde ninguém no mundo pudesse interferir, onde só ele fosse capaz de decidir o que acontece, para que lado as portas abrem, qual a vista das janelas e quais os vizinhos que deseja ter. E não é um conceito absurdamente genial?



One-sqm-house é um m² de pura liberdade. O projeto é completamente DIY, ou seja: você é completamente responsável pelos materiais e pela execução do seu próprio m². A mensagem é de que você pode ser quem quiser, e onde quiser. Agora me digam: em um mundo globalizado, onde as fronteiras se dissipam e a distância se tornou um conceito quase obsoleto, esse projeto não traduz perfeitamente o espírito do momento? Ah, Le-Mentzel, a sua ideia é genial.